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USO EXCESSIVO DE SMARTPHONES NA INFÂNCIA ALIMENTA DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM ADOLESCENTES, SEGUNDO ESTUDO HISTÓRICO

  • Um estudo finlandês de oito anos relaciona o tempo excessivo de tela na infância, especialmente em dispositivos móveis, ao aumento do estresse e da depressão entre adolescentes.
  • Adolescentes que passam em média cinco horas de tela por dia apresentaram picos “moderados”, mas significativos, nos sintomas depressivos.
  • Atividades físicas estruturadas, como esportes em equipe, melhoraram os resultados de saúde mental, principalmente em meninos.
  • O tempo de tela passivo (por exemplo, TV) teve impactos mais fracos na saúde mental do que o uso interativo (por exemplo, mídia social, jogos).
  • Especialistas recomendam limites de tela e envolvimento no mundo real, alertando que hábitos não controlados podem prejudicar o bem-estar emocional a longo prazo.

Pais que se preocupam que seus filhos passem muito tempo olhando para telas agora têm validação científica para suas preocupações. Um estudo finlandês de oito anos rastreando quase 200 crianças de 6 a 15 anos revela um padrão preocupante: crianças que registravam tempo excessivo de tela — especialmente em dispositivos móveis — eram significativamente mais propensas a lutar contra o estresse e a depressão na adolescência.

As descobertas, publicadas no JAMA Network Open, reforçam as evidências crescentes de que hábitos digitais não controlados podem prejudicar a saúde mental, enquanto atividades tradicionais como esportes oferecem uma proteção.

A pesquisa, parte do estudo Physical Activity and Nutrition in Children (PANIC), mediu o uso de telas, atividade física, dieta e padrões de sono ao longo de quase uma década. Na adolescência, os adolescentes que acumularam mais tempo de tela apresentaram picos “moderados”, mas significativos, em sintomas depressivos, com o uso de dispositivos móveis representando o risco mais forte. Enquanto isso, aqueles envolvidos em atividades físicas supervisionadas — como esportes em equipe — apresentaram melhores resultados de saúde mental, sugerindo um equilíbrio crítico entre o consumo digital e o engajamento no mundo real.

O alto custo do tempo de tela

Os dados pintam um contraste dramático: os adolescentes tinham em média quase cinco horas diárias de tela, com mais de duas dedicadas apenas a telefones ou tablets. “A conexão entre o uso de dispositivos móveis e a depressão foi particularmente forte”, observaram os pesquisadores, com tamanhos de efeito substanciais o suficiente para justificar o alarme. Notavelmente, as atividades passivas de tela (como TV) mostraram ligações mais fracas com as dificuldades de saúde mental do que o uso de dispositivos interativos, sugerindo que as mídias sociais e os jogos podem causar danos.

A atividade física contou uma história mais brilhante. Adolescentes que mantiveram hábitos de exercícios consistentes, particularmente em ambientes estruturados como programas esportivos, relataram níveis mais baixos de estresse. O efeito foi mais pronunciado em meninos, embora meninas também tenham se beneficiado. Exercícios supervisionados pareceram oferecer alguma proteção contra problemas de saúde mental, enfatizou o estudo, mesmo após considerar variáveis ​​como renda familiar ou tempo de puberdade. Surpreendentemente, dieta e sono — embora vitais para a saúde geral — não mostraram correlação significativa com o bem-estar mental dos adolescentes nesta análise.

Um aviso para a Era Digital

As implicações do estudo são urgentes em uma era em que os smartphones dominam a infância e estabelecer limites pode ser desafiador. Os piores resultados surgiram em adolescentes com alto tempo de tela e baixa atividade física, um cenário que exige intervenções duplas.

Os pais também não são imunes. Um estudo separado da Universidade de Michigan descobriu que adultos ficam estressados ​​com notificações constantes, com uma média de 93 atendimentos telefônicos diários. “Essa conectividade constante tem um custo”, alertou o Dr. Marschall Runge, pesquisador líder. Para as famílias, a mensagem é clara: hábitos de tela não controlados podem exigir um preço emocional de longo prazo.

Priorizando o equilíbrio em vez da compulsão alimentar

Embora o novo estudo reconheça limitações — como seu foco em famílias finlandesas e dados pré-TikTok — suas principais descobertas se alinham com as tendências globais. Especialistas em saúde mental pedem medidas práticas: impor limites de tela, priorizar atividades supervisionadas e modelar o uso equilibrado da tecnologia. Enquanto escolas e formuladores de políticas lutam com proibições de telefones, a pesquisa ressalta que os hábitos da infância lançam longas sombras.

Em um mundo onde as telas são onipresentes, este estudo traz um lembrete oportuno: a infância não é apenas uma preparação para a vida adulta — é a base. Embora a tecnologia tenha vindo para ficar, a infância não deve ser passada deslizando. Os futuros mais saudáveis ​​são construídos offline — um jogo, uma conversa e uma tarde ensolarada de cada vez.

 

Fonte: https://www.newstarget.com/2025-03-27-smartphone-overuse-childhood-fuels-teen-depression-anxiety.html

 

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