Pular para o conteúdo
Início » NOVO ESTUDO CONFIRMA QUE O ARROZ INTEGRAL CONTÉM 40% MAIS ARSÊNICO TÓXICO DO QUE O ARROZ BRANCO

NOVO ESTUDO CONFIRMA QUE O ARROZ INTEGRAL CONTÉM 40% MAIS ARSÊNICO TÓXICO DO QUE O ARROZ BRANCO

  • O arroz integral contém níveis significativamente mais altos de arsênio do que o arroz branco, com o elemento tóxico concentrado na camada de farelo.
  • Crianças menores de 5 anos, especialmente bebês, correm maior risco devido à maior ingestão de alimentos em relação ao peso corporal.
  • Apesar de seus benefícios nutricionais, o arroz integral pode expor involuntariamente os jovens consumidores a níveis de arsênio que excedem os limites de segurança.

O perigo oculto no arroz “mais saudável”

Durante anos, consumidores preocupados com a saúde optaram pelo arroz integral, acreditando que sua camada de farelo intacta o torna uma escolha superior. Mas um novo estudo da Universidade Estadual de Michigan revela uma verdade inquietante: essa alternativa “mais saudável” contém quase 40% mais arsênio tóxico do que o arroz branco processado. Publicada na Risk Analysisa pesquisa destaca como a mesma parte do grão que fornece nutrientes extras também concentra um perigoso carcinógeno: o arsênio inorgânico.

“O farelo de arroz e o arroz integral demonstraram ter maior teor de arsênio e concentração de arsênio inorgânico do que o endosperma do grão ou o arroz branco”, alerta o estudo. As descobertas expõem uma contradição crítica na nutrição moderna: um alimento elogiado por seus benefícios à saúde pode, na verdade, representar riscos reais, especialmente para populações vulneráveis, como bebês e crianças pequenas. A busca por alimentos “naturais” e “integrais” está, inadvertidamente, prejudicando os consumidores mais jovens?

Por que o arroz é um ímã para o arsênico

O arroz absorve o arsênio do solo com mais eficiência do que praticamente qualquer outra cultura — até 10 vezes mais do que outros grãos, segundo pesquisadores. A chave está na forma como ele é cultivado: arrozais alagados criam condições nas quais o arsênio se dissolve na água, facilitando sua absorção pelas plantas de arroz. Uma vez dentro da planta, o arsênio se acumula na camada de farelo — o mesmo componente removido durante o refino do arroz integral em branco.

O estudo constatou que o farelo sozinho contém arsênio em níveis 10 vezes maiores do que o próprio arroz branco. Isso tem implicações alarmantes para produtos como o xarope de arroz integral, que já foi associado a 30 vezes mais arsênio em algumas fórmulas infantis. Será que os pais, sem saber, podem estar envenenando seus filhos ao tentar alimentá-los com opções “mais saudáveis”?

Bebês com maior risco

Os pesquisadores analisaram o consumo de arroz em diferentes faixas etárias e descobriram que crianças de 6 a 24 meses que comem arroz integral regularmente podem exceder os limites de ingestão segura de arsênio em quase 40%. A dose diária para algumas crianças pequenas atingiu 0,295 microgramas por quilo de peso corporal, superando o limite de segurança de 0,21 micrograma estabelecido por agências internacionais de segurança alimentar.

Embora adultos enfrentem riscos mínimos com o consumo ocasional de arroz integral, o estudo alerta que pessoas que comem muito arroz — especialmente aquelas em dietas sem glúten ou com má nutrição — também podem acumular níveis perigosos ao longo do tempo. “Nossa análise mostra que esse foco no conteúdo nutricional não só é limitado, como também concorda com outros estudos que encontraram riscos elevados de exposição de crianças ao arsênio”, observaram os pesquisadores.

Arsênico nos alimentos: o veneno silencioso que se esconde nos alimentos básicos do dia a dia

O arsênio, um metal pesado natural, é um carcinógeno conhecido por estar associado a cânceres de bexiga, pulmão e pele. No entanto, permanece um contaminante oculto em muitos alimentos, especialmente no arroz. Em sua forma inorgânica — a variante mais tóxica —, o arsênio interrompe o metabolismo celular, causa danos ao DNA e tem sido associado a doenças cardiovasculares, diabetes e problemas de desenvolvimento em crianças.

O nível máximo de contaminante (MCL) da EPA para água potável é de 10 partes por bilhão (ppb) — embora não exista um limite federal para arsênio em alimentos. A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) estabelece um limite rigoroso de 0,21 μg/kg de peso corporal por dia, enquanto a FDA propôs (não aplicou) apenas 100 ppb para cereais de arroz infantil.

Onde o arsênico é encontrado?

  • Arroz e produtos de arroz (arroz integral, farelo de arroz, xarope de arroz, cereais)
  • Suco de maçã e uva (devido aos pesticidas à base de arsênico usados ​​antigamente em pomares)
  • Frutos do mar (arsênico orgânico, menos tóxico, mas ainda preocupante)

Numerosos estudos mostram que o arroz integral contém, em média, 154 ppb de arsênio total, sendo o arsênio inorgânico responsável por 70% desse valor. Em comparação, o arroz branco contém, em média, cerca de 92 ppb. Para bebês que consomem cereal de arroz diariamente, a exposição estimada pode ser 6 vezes maior do que em adultos em relação ao peso corporal. Pior ainda, o arsênio se bioacumula — ou seja, se acumula no corpo ao longo do tempo. O estudo de Dartmouth de 2012, que encontrou níveis alarmantes em fórmulas infantis com xarope de arroz integral, alertou que mesmo a exposição crônica em baixas doses pode prejudicar o desenvolvimento neurológico.

Com evidências crescentes de que alimentos comercializados como “saudáveis” podem conter toxinas ocultas, os reguladores finalmente exigirão uma rotulagem mais clara — ou os pais continuarão no escuro?

 

Fonte: https://www.newstarget.com/2025-04-10-brown-rice-contains-40-more-toxic-arsenic-than-white-rice.html

 

Compartilhe

Entre em contato com a gente!

ATENÇÃO: se você não deixar um e-mail válido, não teremos como te responder.