A Comissão Europeia está tentando impulsionar a produção de munições na Europa através de um plano que assegure não apenas os fornecimentos contínuos à Ucrânia, como também restaure as suas reservas.
O jornal alemão Der Spiegel revelou que a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentará em breve o documento sobre a questão aos embaixadores dos países-membros.
O plano, segundo a mídia, possui três pontos principais. O primeiro prevê um aumento imediato dos fornecimentos de munições à Ucrânia, principalmente de projéteis de artilharia de 155 milímetros.
Por sua vez, o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, será responsável por um pacote de ajuda adicional a Kiev, de € 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões), com foco em munições desse calibre.
Já o segundo ponto do plano envolve a compra conjunta de munições por parte da Agência Europeia de Defesa para suprir as carências nas reservas dos países da UE e garantir o fornecimento a longo prazo à Ucrânia.
Com isso, a Europa envia uma clara mensagem de que “o tempo de paz na Europa terminou”.
Segundo o documento, os países-membros e a Ucrânia manifestaram suas necessidades no sentido de “fazer um grande pedido e enviar um claro sinal de demanda à indústria de defesa”, para que ela eleve suas capacidades de produção a longo prazo.
Por fim, o terceiro ponto tem como objetivo garantir o aumento a longo prazo das capacidades europeias de produção de munições, para se adaptar à evolução da situação de segurança, já que os estoques dos países-membros foram reduzidos devido à ajuda à Ucrânia.
O jornal destaca que os ministros da Defesa debaterão as propostas em uma reunião informal em Estocolmo, na Suécia, na próxima semana.