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A POSSIBILIDADE DE UM APOCALIPSE ZUMBI É MAIS REAL DO QUE NUNCA

Cientistas de Harvard apoiados por professores da Universidade de Washington escreveram um artigo sugerindo que, mais cedo ou mais tarde, o mundo seria atingido por uma espécie de “apocalipse zumbi”.

Isso é realmente possível? E se acontecer, como seriam os zumbis? Por alguma razão, um dos conceitos mais explorados na ficção pelo fascínio que geram, é o de zumbis. Prova disso são as inúmeras produções de sucesso, como a série The Walking Dead, o filme 28 Days Later (Extermínio) ou o livro World War Z (Guerra Mundial Z).

No entanto, mesmo que o furo seja o mesmo, todos os zumbis são diferentes; enquanto os do primeiro são os mais “clássicos” (mortos-vivos que mal podem andar devido à decomposição). O segundo, mais do que zumbis, são pessoas comuns, com todas as suas habilidades motoras intactas, mas com agressividade imensurável, e o terceiro é uma variação dos dois primeiros:

“Mortos vivos decompostos, mas com idêntica capacidade motora, mas sem o cansaço de um ser vivo”. Então, a pergunta seria: caso um apocalipse zumbi aconteça na realidade, que tipo de criatura vamos enfrentar?

Segundo pesquisas de Steven C. Schlozman, de Harvard, os “zumbis” jamais poderiam ser incansáveis ​​máquinas de matar, como mostram na maioria das vezes na ficção, pior ainda se seu corpo estiver em estado de decomposição. Isso porque não importa o que tenha causado tal comportamento, essas criaturas ainda estão sujeitas à física e suas limitações. Não há organismo, vivo ou morto (ou morto-vivo) que possa manter sua atividade sem nenhum tipo de aporte de energia. Por isso, os zumbis acabariam desaparecendo por fome, ou pelo trabalho de decomposição.

Do ponto de vista científico, é mais provável que um morto-vivo tenha habilidades inferiores às que possuía enquanto vivo, desde a deterioração do organismo. No entanto, os especialistas dizem que uma infecção desse tipo não atacaria o organismo físico, e apenas destruiria a consciência pensante, de modo que, se permanecessem alimentados, pudessem manter sua força física ou agilidade no mesmo estado da infecção. O que é impossível é um aumento dessas qualidades. Outra característica dos zumbis é seu comportamento gregário, que permite que eles se reconheçam e formem grupos.

Essa opção não é muito razoável para Schlozman, pois ele garante que é mais provável que eles se ataquem, a menos que sua carne (infectada) não tenha sido útil, ou que o vírus tenha apenas o objetivo de se espalhar, pois atacar uma pessoa infectada seria inútil. Agora que os cientistas determinaram o possível “comportamento” dessas criaturas, resta saber: é possível que um apocalipse aconteça? A resposta é: sim.

De fato, embora tudo o que foi mencionado acima seja mera especulação (o que é), há algo que é muito real; a “zumbificação” existe, embora ainda seja encontrada apenas no reino animal. Michael Dickinson, em outra linha, diz que assim como acontece com os pequenos animais, o corpo humano também pode ser suscetível ao ataque do Toxoplasma gondii, parasita que controla o cérebro.

No reino animal existem comportamentos muito próximos aos dos mortos-vivos, entre eles o de insetos hospedeiros de parasitas, como o verme nematomorfo.

Esses vermes, em sua fase adulta, vivem na água, onde põem ovos que são ingeridos por insetos. Os ovos eclodem dentro do hospedeiro e vermes se alimentam do corpo até atingirem a fase adulta. No momento de sair, o verme assume o “controle” do hospedeiro, causando uma necessidade de autodestruição, a ponto de fazê-lo se jogar na água, até morrer.

Há casos ainda mais extremos, como o fungo cordyceps (no qual se baseia o videogame The Last Of Us), que infecta formigas por meio de esporos, causando comportamentos estranhos, como separar-se do resto dos insetos, atirar-se das alturas. Neste caso, pode-se falar de um “zumbi” perfeito, pois a formiga perde todo o controle de suas ações e mente, até morrer. Mesmo após a morte, o inseto pode mover partes de seu corpo, como a mandíbula. No final, assim como no jogo, o fungo cria cogumelos nas cabeças das formigas que liberam esporos para infectar outras formigas.

Embora, neste caso, possamos ficar tranquilos, porque esse caso de zumbificação em insetos é impossível em humanos, primeiro, porque o fungo conviveu com as formigas a ponto de co-evoluirem juntos, então seria preciso mais do que uma simples mutação para afetar humanos. Então… qual seria a infecção mais viável? Para os especialistas, o caso mais simples de infecção que gera comportamento “zumbi” seria o da raiva.

Uma infecção zumbi seria conhecida como “Síndrome de Deficiência de Saciedade Atáxica Neurodegenerativa” e para que isso acontecesse, o lobo frontal do cérebro teria que parar de funcionar.

Nessa seção do nosso cérebro é onde as funções básicas são controladas, como o apetite. Todo cérebro seria controlado pela amígdala e pelo córtex cingulado anterior, onde nascem emoções como a raiva e a agressividade é gerada. A raiva é uma doença cerebral que pode causar alterações no comportamento dos animais, que vão desde estados de coma, como aumento súbito (após o coma), ataques e indiferença a lesões ou à própria dor.

A área do cérebro que é danificada pelo vírus da raiva é o sistema límbico, que inclui os lobos frontal e temporal.

A isso se soma que o vírus da raiva é, e continuará sendo, um dos vírus mais estudados da história, criando centenas de vacinas que, no final, não funcionaram, ou geraram mutações no vírus, então a chance de um erro fatal ocorrer é muito mais provável. De qualquer forma, o cenário mais provável é sem dúvida o do filme 28 Days Later (Extermínio).

Pessoas infectadas altamente agressivas onde seu único propósito é espalhar o vírus, atacando outras pessoas até que a falta de comida e água os leve a morrer de fome. Mas com um nível de contágio tão alto que poderia causar danos irreparáveis ​​à humanidade.

Abaixo deixaremos um vídeo que expande um pouco mais o tema:

 

 

 

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