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ALERTA: TATUAGENS PODEM AUMENTAR O RISCO DE CÂNCER, POIS A TINTA MIGRA PARA OS GÂNGLIOS LINFÁTICOS

  • Uma nova pesquisa associa tatuagens a um risco maior de câncer, pois a tinta migra para os gânglios linfáticos, podendo causar inflamação crônica e crescimento celular anormal.
  • Estudos suecos e dinamarqueses descobriram que indivíduos tatuados tinham maiores riscos de linfoma e câncer de pele, com tatuagens precoces e desenhos grandes mostrando as associações mais fortes.
  • Tintas pretas e coloridas contêm produtos químicos nocivos, incluindo agentes cancerígenos e metais tóxicos, enquanto a tinta vermelha apresenta riscos adicionais quando exposta à luz solar ou quando removida a laser.
  • A remoção de tatuagens a laser pode piorar o perigo ao quebrar a tinta em subprodutos mais tóxicos, triplicando o risco de linfoma em alguns casos.
  • Especialistas recomendam vigilância quanto a alterações na pele em áreas tatuadas e pedem regulamentações mais rigorosas sobre tinta, ao mesmo tempo em que enfatizam escolhas de estilo de vida saudáveis ​​para reduzir riscos.

Em uma era em que a autoexpressão por meio da arte corporal se tornou popular, novas pesquisas chocantes sugerem que as tatuagens podem trazer um perigo oculto: um risco significativamente maior de câncer. Estudos recentes da Suécia e da Dinamarca revelam que a tinta da tatuagem não permanece apenas na pele; ela migra pelo corpo, acumulando-se nos gânglios linfáticos e potencialmente desencadeando inflamação crônica que pode levar ao linfoma e ao câncer de pele. Com milhões de pessoas tatuadas em todo o mundo, essas descobertas levantam questões urgentes sobre a segurança a longo prazo do que muitos consideram uma autoexpressão inofensiva.

A ciência por trás do risco

Quando as agulhas de tatuagem depositam tinta na derme — a camada mais profunda da pele — o sistema imunológico do corpo percebe as partículas estranhas como uma ameaça. De acordo com Christel Nielsen, autora principal de um estudo sueco de 2024, “uma parte significativa da tinta injetada é transportada para longe da pele pelo sistema imunológico”. Esse processo envia partículas de pigmento para os gânglios linfáticos, onde podem permanecer por anos, prejudicando a função imunológica e potencialmente alimentando o crescimento celular anormal.

O estudo sueco constatou que 21% dos pacientes com linfoma maligno tinham tatuagens, em comparação com apenas 17% dos controles. O mais alarmante é que aqueles que fizeram a primeira tatuagem até dois anos após o diagnóstico apresentaram um risco 81% maior de linfoma. Enquanto isso, pesquisadores dinamarqueses, analisando dados de gêmeos, descobriram que indivíduos com tatuagens grandes (maiores que a palma da mão) tinham quase três vezes mais risco de linfoma e 2,37 vezes mais risco de câncer de pele.

O tamanho e a cor são importantes

Embora o estudo sueco não tenha encontrado uma relação clara entre o tamanho da tatuagem e o risco de câncer, pesquisadores dinamarqueses observaram uma relação dose-resposta. “Quanto maior a tatuagem e quanto mais tempo ela existe, mais tinta se acumula nos gânglios linfáticos”, explicou Signe Bedsted Clemmensen, professora assistente da Universidade do Sul da Dinamarca. A tinta preta, frequentemente contendo hidrocarbonetos aromáticos policíclicos cancerígenos, foi particularmente preocupante, com tatuagens pretas ou cinzas associadas a um risco 23-32% maior de linfoma.

Tintas coloridas apresentam seus próprios perigos, pois podem conter metais tóxicos como arsênio, chumbo e cromo. A tinta vermelha, conhecida por reações alérgicas, pode liberar compostos nocivos quando exposta à luz solar ou à remoção a laser. “As regulamentações atuais sobre os ingredientes da tinta de tatuagem não são suficientes”, alertou a dermatologista Dra. Trisha Khanna.

A remoção a laser pode piorar o problema

Para quem está pensando em remover tatuagens, os riscos podem não parar por aí. O estudo sueco descobriu que tatuagens tratadas a laser estavam associadas ao triplo do risco de linfoma. A decomposição a laser de substâncias químicas da tinta, particularmente compostos azo, pode liberar subprodutos ainda mais tóxicos no corpo.

Como se proteger

Para pessoas já tatuadas, os especialistas recomendam vigilância. Vermelhidão persistente, coceira ou alterações cutâneas incomuns nas áreas tatuadas devem exigir avaliação dermatológica imediata. “A melhor coisa que podemos fazer pela nossa saúde, com ou sem tatuagens, é manter um estilo de vida saudável”, aconselhou Nielsen, endossando dietas ricas em vegetais associadas à redução das taxas de câncer.

À medida que a cultura da tatuagem prospera, esses estudos ressaltam a necessidade de maior transparência sobre os ingredientes da tinta e os impactos a longo prazo na saúde. Embora a escolha pessoal continue sendo primordial, o consentimento informado exige o reconhecimento dos riscos emergentes — algo que a indústria da arte corporal e os órgãos reguladores não podem mais ignorar.

Por enquanto, quem está pensando em fazer uma tatuagem precisa saber que a tinta permanente pode ter consequências permanentes. À medida que os pesquisadores continuam investigando, os consumidores merecem total transparência sobre o que realmente está por trás deles.

 

Fonte: https://www.newstarget.com/2025-05-18-research-warns-tattoos-may-increase-cancer-risk.html

 

 

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