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EXCITOTOXINAS: OS ADITIVOS ALIMENTARES OCULTOS QUE PODEM PREJUDICAR O CÉREBRO DO SEU BEBÊ

  • Excitotoxinas são aditivos alimentares ocultos encontrados em adoçantes artificiais, alimentos processados ​​e algumas fontes naturais que podem superestimular as células cerebrais, levando a possíveis danos e distúrbios neurológicos.
  • Mulheres grávidas devem ser especialmente cautelosas, pois as excitotoxinas podem atravessar a placenta e aumentar o risco de transtorno do espectro autista (TEA) e outras condições do neurodesenvolvimento em bebês ainda não nascidos.
  • As excitotoxinas comuns incluem aspartame, carragenina, proteína hidrolisada, glutamato monossódico e extrato de levedura, muitas vezes disfarçados sob rótulos enganosos em refrigerantes diet, alimentos processados ​​e até mesmo produtos para bebês.
  • Pesquisas relacionam a excitotoxicidade a doenças neurológicas – como Alzheimer, ELA e Parkinson – já que o excesso de glutamato e outras excitotoxinas contribuem para danos neurológicos e declínio cognitivo.
  • É possível reduzir a exposição escolhendo alimentos integrais, não processados ​​(ou minimamente processados), lendo os rótulos dos alimentos com atenção e evitando adoçantes artificiais e lanches altamente processados ​​para ajudar a proteger a saúde do cérebro tanto dos indivíduos quanto das gerações futuras.

Todos os dias, milhões de pessoas consomem, sem saber, substâncias que podem estar silenciosamente prejudicando seus cérebros. Esses compostos, conhecidos como excitotoxinas, estão escondidos em refrigerantes diet, alimentos processados ​​e até mesmo produtos para bebês. Em um estudo publicado no International Journal of Medical Research and Health Sciences, cientistas alertam que a exposição excessiva a esses produtos químicos pode contribuir para condições neurológicas, incluindo transtorno do espectro autista (TEA) e doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

Para indivíduos grávidas ou que planejam engravidar, a preocupação é ainda maior. Pesquisas sugerem que excitotoxinas podem atravessar a placenta e interferir no desenvolvimento do cérebro do bebê antes do nascimento. As escolhas alimentares feitas durante a gravidez podem ter consequências duradouras na saúde neurológica da criança.

O que são excitotoxinas e por que elas são perigosas?

Excitotoxinas são substâncias químicas que podem superestimular células cerebrais (neurônios), fazendo-as trabalhar muito até que sejam danificadas ou morram. Normalmente, o cérebro controla cuidadosamente substâncias como glutamato (uma substância química natural que ajuda as células nervosas a se comunicarem) e aspartato (um composto semelhante envolvido na função cerebral), que dão suporte ao aprendizado e à memória. Mas quando muitos desses compostos se acumulam, o cérebro fica sobrecarregado. Isso pode levar à inflamação, danos celulares e problemas de longo prazo com a função cerebral.

Esses compostos são adicionados aos alimentos em concentrações anormalmente altas. Muitos fabricantes de alimentos disfarçam excitotoxinas sob rótulos que parecem inofensivos, como “proteína hidrolisada”, “sabores naturais” ou “extrato de levedura”.

Pesquisadores há muito suspeitam que a excitotoxicidade desempenha um papel em doenças neurodesenvolvimentais e neurodegenerativas. Mas a preocupação crescente é como a exposição precoce – começando no útero – pode aumentar o risco de condições como transtorno do espectro autista (TEA) antes mesmo de um bebê respirar pela primeira vez.

Excitotoxinas e autismo

O TEA afeta uma em cada 36 crianças nos Estados Unidos, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Embora a genética desempenhe um papel importante, fatores ambientais – especialmente aqueles que influenciam o desenvolvimento do cérebro – estão cada vez mais sob escrutínio.

Estudos mostram que crianças com autismo frequentemente têm níveis mais altos de glutamato em seus cérebros, sugerindo uma possível ligação entre excitotoxinas e função cerebral alterada. O corpo normalmente regula o glutamato para evitar superestimulação, mas em indivíduos com TEA, esse sistema parece prejudicado.

Alguns pesquisadores acreditam que a exposição excessiva à excitotoxina no útero pode aumentar a suscetibilidade ao TEA, particularmente em bebês com predisposição genética. Estudos em animais mostraram que a exposição pré-natal a níveis mais altos de glutamato pode levar a mudanças comportamentais e cognitivas semelhantes às vistas no autismo. Embora mais estudos em humanos sejam necessários, reduzir a ingestão de excitotoxina durante a gravidez pode ser uma maneira simples, mas poderosa, de proteger o cérebro em desenvolvimento de um bebê.

Excitotoxinas espreitam em muitos alimentos cotidianos, frequentemente sob nomes enganosos. O glutamato monossódico (MSG) é o mais conhecido, adicionado a fast foods, alimentos processados, lanches e sopas enlatadas para realçar o sabor. Mas muitos outros aditivos agem de forma semelhante.

O aspartame, um adoçante artificial encontrado em refrigerantes diet, produtos de baixa caloria e gomas sem açúcar, se decompõe em ácido aspártico, que superestimula os neurônios da mesma forma que o glutamato. Levedura autolisada, caseinatos, proteína vegetal hidrolisada e extrato de levedura contêm glutamato oculto, tornando-os comuns em alimentos processados, molhos e até mesmo fórmulas para bebês.

Até mesmo algumas substâncias naturais podem ter efeitos excitotóxicos. O ácido domoico, encontrado em certos moluscos, pode desencadear convulsões e danos cerebrais se consumido em grandes quantidades. A carragenina, um espessante usado em alternativas de laticínios e alimentos processados, tem sido associada à inflamação e potencialmente à neurotoxicidade.

Quanto mais processado um alimento é, mais provável é que ele contenha um ou mais desses aditivos. E como os fabricantes de alimentos não são obrigados a rotular explicitamente as excitotoxinas, muitas pessoas os consomem sem saber dos riscos.

Como as excitotoxinas prejudicam o cérebro

Quando excitotoxinas inundam o cérebro, elas desencadeiam um perigoso efeito dominó. Os neurônios ficam superestimulados, levando a um aumento de cálcio dentro das células. Essa sobrecarga de cálcio danifica as estruturas celulares e desencadeia inflamação, causando mais mal do que bem. Com o tempo, os neurônios afetados morrem, especialmente nas áreas do cérebro responsáveis ​​pelo aprendizado, memória e controle motor.

Em adultos, o processo tem sido associado a doenças neurodegenerativas. Em pacientes de Alzheimer, pesquisadores encontraram níveis elevados de glutamato no cérebro, sugerindo que a excitotoxicidade pode acelerar o declínio cognitivo. Na doença de Parkinson, os neurônios que produzem dopamina – crítica para o movimento – parecem particularmente vulneráveis ​​a danos excitotóxicos. Na ELA (esclerose lateral amiotrófica), também conhecida como doença de Lou Gehrig, estudos mostram que o excesso de glutamato acelera a perda de neurônios motores.

Para um bebê ainda não nascido, cujo cérebro ainda está se desenvolvendo, os riscos são ainda maiores. A exposição a excitotoxinas no útero pode interromper padrões críticos de crescimento, aumentando o risco de distúrbios do neurodesenvolvimento, como autismo, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e dificuldades de aprendizagem.

O que você pode fazer para proteger você e seu bebê?

Embora as excitotoxinas sejam amplamente disseminadas nas dietas modernas, reduzir a exposição é possível com algumas escolhas conscientes. Ler os rótulos dos alimentos é essencial – ingredientes como aspartame, carragenina, MSG ou extrato de levedura devem levantar bandeiras vermelhas.

Escolher alimentos integrais e não processados ​​é a melhor maneira de evitar excitotoxinas ocultas. Frutas frescas, vegetais e carnes não processadas não contêm esses aditivos, tornando-os escolhas mais seguras. Cortar fast food e lanches altamente processados ​​pode reduzir significativamente a ingestão diária.

Para aqueles que consomem adoçantes artificiais, mudar para alternativas naturais, como fruta do monge ou estévia, pode ajudar a eliminar a exposição ao aspartame. Estar atento ao consumo de frutos do mar, particularmente mariscos, também pode reduzir o risco de exposição a excitotoxinas marinhas como o ácido domoico. 

Um apelo à sensibilização e à acção

Apesar da crescente evidência de seu dano potencial, as excitotoxinas permanecem amplamente não regulamentadas pelas agências de segurança alimentar. A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, por exemplo, ainda classifica o aspartame e o MSG como “geralmente reconhecidos como seguros” (GRAS), apesar de décadas de pesquisa sugerirem o contrário.

A realidade é que as excitotoxinas estão em todo lugar e evitá-las completamente é quase impossível em um mundo dominado por alimentos processados. Mas a conscientização é o primeiro passo para a mudança. Entender os riscos e fazer escolhas alimentares informadas pode ajudar a proteger a saúde do cérebro.

 

Fonte: https://www.newstarget.com/2025-03-19-excitotoxins-hidden-food-additives-harm-baby-brain.html

 

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