O novo estudo foi conduzido por dezenas de médicos e cientistas de várias universidades, hospitais infantis e escolas de medicina dos EUA e foi publicado no jornal ‘Circulation’ da American Heart Association (AHA) em 6 de dezembro de 2021.
Os pesquisadores investigaram 139 crianças e adultos jovens com 140 episódios de suspeita de miocardite, dos quais 49 foram confirmados e 91 eram prováveis. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (126) e a mediana da idade foi de 15,8 anos.
Miocardite é a inflamação do músculo cardíaco, enquanto a pericardite é a inflamação dos sacos protetores que envolvem o coração. Ambos são condições extremamente graves devido ao papel vital que o coração desempenha em manter uma pessoa viva e ao fato de que o músculo cardíaco não pode se regenerar. Miocardite grave pode levar à parada cardíaca e tirar anos da vida de uma pessoa.
Os resultados mostram que a suspeita de miocardite ocorreu em 136 dos pacientes, correspondendo a 98% de todos os casos de miocardite. A injeção de Pfizer foi responsável por 131 (94%) desses casos, com 128 (92% ocorrendo após a segunda dose).
Os pesquisadores afirmam em seus resultados que o sintoma mais comum foi a dor no peito, ocorrendo em 99% dos pacientes, e que 26 pacientes (19%) foram internados em terapia intensiva por causa da condição.
De acordo com uma atualização recente publicada pelo Regulador de Medicina do Reino Unido, o MHRA, em 17 de novembro de 2021, houve 686 casos de miocardite e 578 casos de pericardite relatados como reações adversas às injeções de Covid-19. Isso está entre os 18.354 distúrbios cardíacos relatados com 290 mortes.
No entanto, sabe-se que existe uma subnotificação grosseira de reações adversas com o MHRA, afirmando anteriormente que apenas 10% das reações adversas são notificadas.
Em 29 de novembro de 2021, a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (“UKHSA”) reconheceu que os distúrbios cardíacos são um risco de injeções de Covid. O UKHSA emitiu orientações clínicas para apoiar a detecção e gestão de casos clínicos de miocardite e pericardite associadas às injeções de Covid. Em particular para crianças e pessoas com menos de 40 anos.
A primeira seção do conselho clínico do UKHSA – “Antecedentes” – lista alguns pontos importantes. O quinto é que uma alta porcentagem de crianças internadas em hospitais sofre de miocardite.
Contexto
Contexto para miocardite e pericardite depois da vacinação para COVID-19 e recomendações:
- Essa é uma condição rara seguida da vacinação
- Muitos pacientes que desenvolvem sintomas os desenvolve uma semana depois de se vacinarem
- Muitos pacientes que desenvolvem sintomas normalmente têm sido vacinados com vacinas de mRNA (Pfizer ou Moderna)
- Miocardite e pericardite após a vacinação é normalmente leve ou estável e muitos pacientes normalmente se recuperam totalmente sem tratamento médico
- Miocardite – fibrose significante no ventrículo esquerdo (LV) foi descrita em uma grande porcentagem de crianças que deram entrada nos hospitais, com uma pequena porcentagem delas sofrendo de taquicardia ventricular (VT) não sustentável
- Nenhum dado ainda está disponível sobre pacientes hospitalizados
- O diagnóstico de miocardite e pericardite deve seguir as recomendações internacionais publicadas
- A maioria dos casos parecem ser leves e auto limitantes; qualquer paciente severamente doente ou instável deve ser levado diretamente ao hospital
- As consequências de longo prazo dessa condição secundária à vacinação ainda são desconhecidas, assim qualquer recomendação de triagem deve ser balanceada com a frequência e severidade da doença, com o objetivo de prevenir complicações, em particular a miocardite (arritmias, dano do miocárdio de longo prazo ou falha no coração)
No início de setembro, o Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (“JCVI”) não conseguiu justificar o oferecimento da injeção experimental a crianças. Sabe-se que as crianças raramente sofrem da doença grave de Covid-19, muito menos perdem a vida, e as injeções de Covid-19 não evitam a infecção ou a transmissão. A decisão do Diretor Médico da Inglaterra Chris Whitty e seus colegas de injetar crianças, e a decisão do governo de implementá-la, foram sem precedentes. Antes disso, o conselho do JCVI sempre foi seguido.
Mas agora, em nome da Omicron, o conselho foi alterado e todas as crianças com mais de 12 anos receberão uma segunda dose, apesar das autoridades saberem que as crianças têm muito mais probabilidade de sofrer de miocardite após a segunda dose, conforme confirmado pelo novo estudo publicado pela American Heart Association.