TruthUnmuted.com | Jesse Smith
Fundação RAIR | rairfoundation. com
Em um movimento assustador que parece uma página de 1984, de Orwell, a União Europeia está formalizando seu papel como guardiã da informação com a criação de um “Centro de Análise e Compartilhamento de Informações” sob o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE). O propósito declarado? Combater as chamadas campanhas de “desinformação” de atores estrangeiros como Rússia e China. Mas não se engane — não se trata de proteger a verdade ou a democracia. É uma tentativa descarada da elite globalista da UE de controlar a oposição às narrativas, silenciar a dissidência e remodelar a opinião pública para se alinhar com sua própria agenda.
Um véu de legitimidade para a censura autoritária
O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disfarçou a iniciativa com retórica nobre, declarando que a desinformação mina a democracia ao distorcer a percepção pública. De acordo com Borrell, a democracia não pode funcionar se os cidadãos não tiverem acesso a informações “precisas” — definidas, é claro, pelas próprias instituições que mais se beneficiam desse aparato de censura.
Sob o pretexto de proteger a democracia, a UE se posicionou como o árbitro da verdade. Esta plataforma centralizada busca monitorar, analisar e combater informações “manipuladas” em tempo real, coordenando-se com ONGs, estados-membros e agências de segurança cibernética. Na realidade, esta infraestrutura corre o risco de se tornar uma arma para sufocar o jornalismo independente, vozes dissidentes e qualquer narrativa que desafie as posições políticas da UE.
A militarização das alegações de desinformação
O discurso de Borrell pinta um quadro vívido de um mundo em caos, onde atores russos e chineses estão travando uma guerra de informação para desestabilizar democracias. Isso também pode ser verdade. Mas a retórica de uma “ameaça existencial” serve a um propósito duplo: justifica intervenções abrangentes no cenário da mídia enquanto desvia a atenção das próprias falhas da UE. Da inflação crescente e crises energéticas ao descontentamento público sobre as políticas da Ucrânia, culpar a “manipulação estrangeira” convenientemente transfere a responsabilidade de Bruxelas.
Além disso, a UE já baniu veículos de mídia estatais russos como RT e Sputnik sob o pretexto de combater propaganda. Essas ações, longe de promover transparência, representam um precedente perigoso: censura disfarçada de proteção.
Uma nova onda de totalitarismo digital
O reconhecimento de Borrell de que as campanhas de desinformação são anteriores à guerra na Ucrânia é particularmente revelador. Ele vincula esses esforços a narrativas anteriores, como o ceticismo durante a pandemia da COVID-19. Ao enquadrar a “luta pela narrativa” como uma batalha contínua, a UE justifica a vigilância e a regulamentação cada vez maiores de plataformas online e pressiona empresas como o Twitter a se alinharem com seus objetivos. Essa centralização do controle sobre os espaços digitais ameaça corroer as liberdades de expressão e o acesso a diversos pontos de vista.
Os verdadeiros alvos: você e eu
Enquanto a UE alega combater “atores estrangeiros”, seu foco na “toxicidade” na informação abre a porta para policiar a dissidência doméstica. A linguagem de combater “escolhas tendenciosas” e garantir a “qualidade da informação” é uma justificativa velada para a engenharia narrativa. Se informações contrárias à visão de mundo da UE forem consideradas “tóxicas”, quanto tempo até que cidadãos comuns se tornem alvos de censura? Quanto tempo até que críticos das políticas da UE sejam rotulados como agentes de “desinformação”?
As Implicações Globais
Este não é apenas um problema da UE. A criação de um nexo de compartilhamento de informações com alcance global significa que o policiamento ideológico da UE irá repercutir muito além de suas fronteiras. Ao se envolver com parceiros africanos, latino-americanos e asiáticos, a UE está exportando seu modelo de censura para países com democracias frágeis, minando os próprios princípios que ela afirma defender.
Um chamado para resistir
O estabelecimento deste chamado Ministério da Verdade marca uma escalada aterrorizante na guerra da UE contra a liberdade de expressão. Ele expõe a agenda globalista pelo que ela realmente é: um esforço coordenado para centralizar o poder, suprimir a dissidência e controlar a narrativa a todo custo.
Devemos rejeitar esse ataque às nossas liberdades fundamentais. A capacidade de questionar, criticar e explorar pontos de vista alternativos é a base de qualquer democracia funcional. Se permitirmos que a UE dite o que constitui a “verdade”, entregamos a eles as chaves de nossas mentes, nossas escolhas e nosso futuro.
Esta não é apenas uma batalha contra a censura — é uma batalha pela alma da nossa civilização. Aceitaremos um futuro em que burocratas não eleitos decidem o que podemos pensar, dizer e acreditar? Ou permaneceremos firmes contra essa tirania rastejante e exigiremos um retorno à liberdade e à transparência?