“Não se enganem, esta não será a última vez que o mundo enfrentará a ameaça de uma pandemia”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus à assembleia anual da agência da ONU de ministros da saúde de seus 194 estados membros na segunda-feira. “É uma certeza evolucionária que haverá outro vírus com potencial para ser mais transmissível e mais mortal do que este.”
Em uma nota mais positiva, Ghebreyesus disse que o número global de casos e mortes de Covid-19 relatados tem diminuído por três semanas consecutivas. Mas o chefe da OMS enfatizou que o mundo continua “em uma situação frágil” e alertou contra qualquer nação supor que está “fora de perigo, não importa sua taxa de vacinação [Covid]”.
Ele também reiterou seus apelos anteriores para que os governos doem as doses de inoculação de Covid-19 para a instalação de compartilhamento de vacinas COVAX apoiada pela OMS e a aliança de vacinas Gavi.
Até agora, o lançamento global das “vacinas experimentais” da Covid viu mais de 75% de todas as doses administradas em apenas 10 países, de acordo com dados da OMS. Ghebreyesus disse que essa “escandalosa desigualdade” está “perpetuando” a pandemia. Ele já havia se referido à situação como “vacina do apartheid”.
A eficácia da atual safra mundial de vacinas Covid-19 não parece ser prejudicada por inúmeras variantes emergentes do vírus, como a cepa detectada pela primeira vez na Índia, disse Ghebreyesus. Mas ele alertou que as variantes estão “mudando constantemente” e que quaisquer cepas futuras podem “tornar nossas [atuais] “ferramentas” ineficazes e nos arrastar de volta à estaca zero”.
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