O que aconteceu com nossos militares? Quando eu estava crescendo, eu tinha orgulho de que meu pai era um oficial da Marinha dos EUA. Naquela época, nós tínhamos o exército mais poderoso do mundo inteiro por uma ampla margem, e como resultado, ninguém queria mexer conosco. Mas agora tudo mudou.
Nosso exército foi transformado em uma piada “woke”, e todos nós vimos o que aconteceu durante a retirada absolutamente desastrosa do Afeganistão. Precisamos desesperadamente nos recompor, porque a guerra está chegando. Na verdade, em breve poderemos nos encontrar lutando várias guerras importantes simultaneamente. Infelizmente, um estudo que acabou de ser divulgado por um painel do Congresso concluiu que não estamos nem prontos para lutar uma guerra importante neste momento…
Os militares dos EUA não estão mais “preparados” para lutar em uma grande guerra, de acordo com um novo estudo conduzido por um painel do Congresso.
Embora as ameaças que os EUA estejam enfrentando sejam “as mais sérias e desafiadoras” que já viu em quase um século, a base de defesa dos EUA não está equipada para enfrentar o momento, de acordo com um relatório da Comissão sobre a Estratégia de Defesa Nacional publicado na segunda-feira. Entre os maiores problemas descritos no relatório estão um Pentágono problemático e uma falha do governo federal em lidar adequadamente com ameaças emanadas de adversários como China e Rússia.
“Os Estados Unidos lutaram pela última vez em um conflito global durante a Segunda Guerra Mundial, que terminou há quase 80 anos. A nação foi preparada pela última vez para tal luta durante a Guerra Fria, que terminou há 35 anos. Ela não está preparada hoje”, diz o relatório da comissão.
Como isso é possível?
Gastamos 820 bilhões de dólares em defesa nacional durante o ano fiscal mais recente.
Para onde vai todo esse dinheiro?
Duas das áreas em que o estudo realmente se concentrou foram as nossas “falhas de recrutamento” e a nossa base industrial “grosseiramente inadequada” …
A comissão recomendou em um relatório de 132 páginas divulgado na segunda-feira que os EUA revisassem sua estratégia de defesa nacional e seu orçamento de defesa de US$ 900 bilhões para lidar com falhas de recrutamento, uma base industrial “grosseiramente inadequada” e domínios cibernéticos e espaciais subfinanciados. A comissão foi incumbida pelo Congresso de analisar a estratégia de defesa de 2022, que foi escrita antes da invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 e da evolução da parceria estratégica entre China, Rússia, Irã e Coreia do Norte.
“Há potencial para uma guerra de curto prazo e um potencial de que possamos perder tal conflito”, disse Eric Edelman, vice-presidente da Comissão de Estratégia de Defesa Nacional, aos senadores.
Nos dias seguintes ao 11 de setembro, nossos militares foram inundados com mais recrutas ansiosos do que eles poderiam lidar.
Mas agora se tornou muito difícil convencer os jovens a se juntarem ao nosso exército “woke”. Em particular, o alistamento masculino está muito, muito abaixo…
A questão é convencer os homens a vestir o uniforme.
Uma década de declínio nos números de recrutamento para o Exército é quase inteiramente atribuível a uma queda significativa no recrutamento masculino, já que os alistamentos femininos permaneceram relativamente estáveis, mostram dados internos do serviço revisados pelo Military.com.
Desde 2013, os alistamentos masculinos caíram 35%, indo de 58.000 homens se alistando em 2013 para 37.700 em 2023, de acordo com os dados do serviço. Enquanto isso, o recrutamento feminino tem girado em torno de 10.000 recrutas a cada ano.
Este é um tópico que venho martelando há muito tempo. Na verdade, no meu livro mais recente, tenho um capítulo inteiro intitulado “Chaos In The Military”. Infelizmente, a maioria dos americanos não tem a mínima ideia do quanto nossa defesa nacional foi comprometida.
Enquanto não tivermos que lutar em nenhuma grande guerra, nossos fracassos podem ser escondidos até certo ponto.
Infelizmente, três grandes guerras estão se aproximando rapidamente.
O Oriente Médio está à beira de explodir em chamas, e o Secretário de Defesa Lloyd Austin diz que os EUA interviriam militarmente se uma guerra total eclodisse…
Os Estados Unidos ajudariam Israel a se defender caso uma guerra em larga escala ocorresse com o Líbano, disse o secretário de Defesa do país, Lloyd Austin, a repórteres nas Filipinas, enquanto o Líbano se preparava para um contra-ataque das FDI.
“Continuamos preocupados com o potencial disso escalar para uma luta total. E não acredito que uma luta seja inevitável”, disse Austin.
Ainda acho que temos alguns meses antes que as coisas na região fiquem totalmente descontroladas.
Espero não estar errado sobre isso.
Alarmantemente, o Departamento de Estado acaba de emitir um aviso instruindo cidadãos americanos a não viajarem para o Líbano neste momento…
Na quarta-feira, os Estados Unidos pediram a seus cidadãos que não viajassem ao Líbano, citando tensões crescentes entre Israel e o grupo libanês Hezbollah.
O Departamento de Estado dos EUA elevou seu alerta de viagem ao Líbano para o nível quatro, que diz “Não Viaje”. O Departamento de Estado aconselhou os americanos no Líbano a partirem se possível.
Enquanto isso, a guerra na Ucrânia continua a aumentar e os russos estão ganhando terreno de forma constante.
Uma das principais razões para isso é que os russos estão simplesmente nos superando em produção.
De acordo com a CNN, os russos estão produzindo quase três vezes mais munições de artilharia do que os Estados Unidos e a Europa juntos…
A Rússia parece estar a caminho de produzir quase três vezes mais munições de artilharia do que os EUA e a Europa, uma vantagem fundamental antes do que se espera que seja outra ofensiva russa na Ucrânia no final deste ano.
A Rússia está produzindo cerca de 250.000 munições de artilharia por mês, ou cerca de 3 milhões por ano, de acordo com estimativas da inteligência da OTAN sobre a produção de defesa russa compartilhadas com a CNN, bem como fontes familiarizadas com os esforços ocidentais para armar a Ucrânia. Coletivamente, os EUA e a Europa têm a capacidade de gerar apenas cerca de 1,2 milhão de munições anualmente para enviar a Kiev, disse um alto funcionário da inteligência europeia à CNN.
Isto é um fracasso de proporções épicas.
Como isso aconteceu?
Parece ser apenas uma questão de tempo até entrarmos em conflito direto com os russos, e definitivamente não estamos preparados para isso.
É claro que em breve poderemos nos ver travando uma grande guerra com a China também.
No momento em que a China invadir Taiwan, estaremos em guerra com os chineses.
Infelizmente, não estamos equipados para lutar uma guerra com a China do outro lado do Pacífico.
Neste ponto, a China tem uma marinha maior que a nossa…
A China agora possui a maior força de combate marítimo do mundo, operando 234 navios de guerra contra 219 da Marinha dos EUA. Essa contagem de navios de combate da China abrange todos os seus navios ou submarinos conhecidos, em serviço ativo, tripulados, armados com mísseis ou torpedos, deslocando mais de 1.000 toneladas métricas, incluindo as 22 corvetas armadas com mísseis recentemente transferidas para a Guarda Costeira da China, mas não as aproximadamente 80 pequenas embarcações de patrulha armadas com mísseis operadas pela PLAN.
É claro que nem todos os nossos navios militares estão disponíveis no momento.
Na verdade, há um porta-aviões que está sendo “revisado” desde 2021 e não estará disponível para serviço novamente antes de 2026, no mínimo…
Em 2021, o USS John C. Stennis foi enviado ao estaleiro para uma missão de rotina de Reabastecimento e Revisão Complexa (RCOH). Era para levar três anos. No entanto, provavelmente será adiada até depois de 2026.
Como meu colega Harrison Kass avaliou, “Desde 2001, a Marinha dos EUA conduziu sete revisões de porta-aviões. A revisão mais curta foi a do USS Nimitz, com 1129 dias. Quatro revisões levaram entre 1.338 e 1.506 dias – USS Dwight D. Eisenhower, USS Carl Vinson, USS Theodore Roosevelt e USS Abraham Lincoln.”
O porta-aviões mais recente a passar por uma reforma no RCOH, o USS George Washington, levou impressionantes 2.120 dias.
É muito triste quando você tem um porta-aviões de 4,5 bilhões de dólares que não consegue navegar nem por cinco anos.
Mas agora esse é o nosso exército.
Gastamos muito dinheiro nisso, mas recebemos muito pouco em retorno.
Então é melhor esperarmos pela paz, porque se tivermos que depender de nossos militares “conscientes” para lutar várias guerras importantes simultaneamente, estaremos em um mundo de dor.