O arcebispo Carlo Maria Vigano foi considerado culpado de “cisma” pelo Vaticano e excomungado da Igreja Católica por ordem do Papa Francisco.
“Suas declarações públicas manifestando sua recusa em reconhecer e se submeter ao Sumo Pontífice, sua rejeição à comunhão com os membros da Igreja a ele sujeitos e à legitimidade e autoridade magisterial do Concílio Vaticano II são bem conhecidas”, afirmou um boletim do Vaticano que anunciou a decisão.
Segundo Francisco, não há espaço na igreja moderna para desafiar a visão de mundo globalista e a agenda do Fórum Econômico Mundial de extrema esquerda, sediado em Davos, onde o pontífice atua como colaborador da agenda.
Viganò, respondendo às acusações, declarou que era uma “honra” ser excomungado por Francisco, um falso profeta e papa ilegítimo.
Via National Catholic Reporter: A decisão de excomunhão de Viganò era amplamente esperada após o anúncio do arcebispo em 20 de junho de que ele havia sido acusado de cisma pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e que não cooperaria com o processo penal do Vaticano.
Na ocasião, Viganò disse que não atenderia ao pedido de se apresentar pessoalmente para receber formalmente a acusação e as provas contra ele e disse que considerava as acusações feitas contra ele uma “honra”.
O decreto do Vaticano de 11 de junho declarou que se Vigano permanecesse sem resposta até 28 de junho, ele seria sentenciado à revelia. A declaração do Vaticano de 5 de julho anunciando a excomunhão observou que o Congresso do Dicastério para a Doutrina da Fé se reuniu em 4 de julho para concluir o processo penal contra Vigano.
O comunicado também observou que o arcebispo foi notificado com a notícia de sua excomunhão em 5 de julho e que a reversão de tal decisão é reservada à Sé Apostólica.
A importante decisão do Vaticano de excomungar Viganò ocorre seis anos depois que ele publicou uma carta sem precedentes de 11 páginas em 2018, alegando um amplo acobertamento pelo Vaticano de acusações contra o ex-cardeal Theodore McCarrick e pedindo que Francisco renunciasse.