A gigante farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou na segunda-feira que chegou a um acordo para comprar a empresa de biotecnologia Seagen, especializada em tratamentos inovadores contra o CÂNCER, por US$ 43 bilhões.
A Pfizer está oferecendo US$ 229 por ação em dinheiro, e as empresas esperam concluir a transação ainda este ano ou no início de 2024, disseram em comunicado.
“A Pfizer está empregando seus recursos financeiros para avançar na batalha contra o câncer”, disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla.
“A oncologia continua a ser o maior impulsionador do crescimento na medicina global e esta aquisição irá melhorar a posição da Pfizer neste importante espaço”, acrescentou Bourla.
A Seagen – líder em pesquisa, desenvolvimento e comercialização de tratamentos contra o câncer – está crescendo, com um aumento de 12% na receita prevista para este ano, para US$ 2,2 bilhões.
A empresa, com sede no estado de Washington, chamou a atenção dos principais fabricantes de medicamentos com seu trabalho em conjugados anticorpo-droga (ADCs) que são “projetados para matar preferencialmente as células cancerígenas”.
O acordo foi aprovado pelos conselhos de ambas as empresas e estará sujeito às aprovações regulatórias e dos acionistas.
Um acordo teria que passar por um exame minucioso dos reguladores antitruste.
A administração Biden também tem procurado manter os preços dos medicamentos baixos.
A Pfizer espera financiar o negócio por meio de US$ 31 bilhões em novas dívidas de longo prazo e uma “combinação de financiamento de curto prazo e caixa existente”.
Por enquanto, a Pfizer Oncology tem um portfólio de 24 medicamentos inovadores contra o câncer aprovados que geraram US$ 12,1 bilhões em 2022, afirmou.
O acordo com a Seagen duplicaria o pipeline clínico de oncologia em estágio inicial da Pfizer, acrescentou a empresa farmacêutica.
“A adição da tecnologia ADC líder mundial da Seagen nos posicionará na vanguarda do tratamento inovador do câncer”, disse Chris Boshoff, diretor de desenvolvimento de oncologia e doenças raras da Pfizer.
O CEO da Seagen, David Epstein, acrescentou que “a combinação proposta com a Pfizer é o próximo passo certo para a Seagen promover sua estratégia”.
Segundo relatos, a concorrente da Pfizer, a Merck, estava em negociações com a Seagen anteriormente, mas elas não foram adiante.
A Pfizer espera que a Seagen possa contribuir com mais de US$ 10 bilhões em receitas ajustadas ao risco em 2030, “com potencial de crescimento significativo além de 2030”, disse a empresa.
O portfólio da Seagen inclui três produtos com ADCs, incluindo Padcev, que é usado para o tratamento de câncer urotelial.
A Food and Drug Administration dos EUA está estudando a combinação do Padcev com o Keytruda da Merck no tratamento de pacientes com câncer de bexiga avançado que não são elegíveis para quimioterapia.