Sob certas condições de cozimento, o papel-alumínio liberará níveis mais altos de partículas de alumínio nos alimentos. Embora esses pequenos aumentos no alumínio dietético não causem problemas de saúde agudos, exposições de longo prazo podem impactar órgãos vitais e a neurologia.
Um estudo intitulado “Efeito de uma dieta processada em papel alumínio na carga interna de alumínio humano” descobriu um aumento de alumínio na urina de indivíduos que comeram alimentos preparados em papel alumínio. A carga de alumínio foi totalmente revertida após a exposição ao papel alumínio ser interrompida. Não está claro se os níveis aumentados de alumínio têm um impacto prejudicial na saúde humana e na neurologia. No entanto, sabe-se que o alumínio danifica os neurônios e causa danos renais e hepáticos. Se não for excretado adequadamente do corpo, pode se acumular nos tecidos e causar mais danos no futuro.
Alumínio causa danos neurológicos, entre muitos outros malefícios
O alumínio é prevalente na vida cotidiana, encontrado em alimentos, água, utensílios de cozinha, produtos de cuidados pessoais e vacinas. A Organização Mundial da Saúde estima que o adulto americano médio consome entre 7,1 e 8,2 miligramas de alumínio diariamente, bem abaixo da ingestão semanal segura de 70 miligramas para um adulto médio. No entanto, altos níveis de exposição ao alumínio têm sido associados a vários problemas de saúde, incluindo danos neurológicos, distúrbios ósseos, danos renais e hepáticos, problemas respiratórios e distúrbios sanguíneos.
O alumínio é um metal amplamente utilizado, conhecido por suas propriedades leves, resistentes à corrosão e maleáveis, tornando-o essencial para inúmeras aplicações, desde engenharia aeroespacial até itens domésticos do dia a dia. Ele ocorre naturalmente em vários minerais e é o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre.
Apesar de seus usos benéficos, o alumínio tem levantado preocupações de saúde devido à sua neurotoxicidade, particularmente quando presente em altas concentrações. Essa preocupação é aumentada em relação à exposição ao alumínio de fontes como materiais de contato com alimentos, como papel alumínio, antiácidos e vacinas. Pesquisas indicam que, embora a exposição alimentar normal ao alumínio seja geralmente baixa e o corpo o excrete eficientemente, o acúmulo excessivo pode representar riscos à saúde neurológica.
Alimentos ácidos e salgados agravam a lixiviação do alumínio do papel alumínio
A folha de alumínio, muitas vezes chamada de papel alumínio, é elogiada por sua durabilidade e facilidade de uso. Ela ajuda a atingir os resultados de cozimento desejados, conduzindo o calor uniformemente e mantendo as assadeiras limpas. Apesar de suas vantagens, pesquisas mostraram que a folha de alumínio pode vazar para os alimentos, principalmente ao cozinhar com ingredientes ácidos ou salgados. De acordo com Christopher Exley, um químico com ampla experiência no estudo da exposição ao alumínio, a extensão da lixiviação do alumínio depende de fatores como acidez, teor de sal, temperatura de cozimento e tempo de exposição .
Um estudo de 2020 revelou que cozinhar com ingredientes ácidos, como suco de limão, pode fazer com que os níveis de alumínio nos alimentos aumentem, potencialmente atingindo 42 miligramas por quilograma (mg/kg). Esse aumento, juntamente com o cozimento em alta temperatura, pode contribuir para a ingestão excessiva de alumínio se esses alimentos forem consumidos regularmente. Outro estudo, publicado em 2018, descobriu que bolos assados em papel alumínio continham níveis significativamente mais altos de alumínio, que aumentaram com o armazenamento prolongado.
Em contraste, um estudo de 2023 financiado pela European Aluminum Foil Association descobriu que qualquer aumento nos níveis de alumínio de dietas de alta exposição era geralmente pequeno e reversível. O alumínio adicional foi supostamente excretado ou reduzido aos níveis de base dentro de dez dias após cessar a exposição.
O Dr. Exley enfatiza a necessidade de conscientização, afirmando que a exposição cumulativa ao alumínio de várias fontes — além de apenas papel-alumínio — pode ser uma preocupação. “Não é apenas com o papel-alumínio que precisamos nos preocupar — é com a exposição cumulativa ao alumínio em nossas vidas diárias”, disse ele.