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URGÊNCIAS – VÍDEO 15 – INFORMAÇÕES SOBRE O MARBURG

O QUE É O VÍRUS MARBURG?

O vírus Marburg é o agente causador da doença de Marburg, uma doença grave caracterizada por taxas de letalidade que podem chegar até 88%, se não houver tratamento adequado. É um vírus pertencente à família Filoviridae, considerado um “primo próximo” do vírus causador do ebola, só que menos letal.

As manifestações clínicas das duas doenças são semelhantes, sendo ambas consideradas raras. Em surtos localizados, como no caso atual, essas doenças se tornam preocupantes em virtude da alta capacidade de contágio e letalidade.

A doença de Marburg foi detectada, pela primeira vez, em 1967, em surtos ocorridos nas cidades de Marburg e Frankfurt, na Alemanha. Posteriormente, foram identificados surtos esporádicos em países africanos como Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e, recentemente, na Guiné Equatorial.

COMO O VÍRUS MARBURG É TRANSMITIDO?

O conhecimento científico atual assume que o hospedeiro animal natural do vírus seja uma espécie de morcego egípcio (Rousettus aegyptiacus). Portanto, a transmissão pode ocorrer inicialmente pela exposição humana prolongada a habitats do morcego, como minas ou cavernas. Foi relatada também a presença do vírus em macacos verdes africanos, durante os primeiros surtos do vírus.

O vírus também se espalha pela transmissão de humano para humano, por meio do contato direto com fluidos corporais (como o sangue) de pessoas infectadas ou superfícies e materiais contaminados com os fluidos (roupas, toalhas, entre outros). As pessoas com maior suscetibilidade à infecção são profissionais da saúde da linha de frente e seus familiares, que atuam diretamente no manejo e cuidados dos pacientes infectados.

É importante destacar que as pessoas infectadas são capazes de transmitir o vírus enquanto permanecer no sangue. O período de incubação ou o intervalo desde a infecção até o início dos sintomas é de dois dias, mas pode haver certa variabilidade.

QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS?

A doença de Marburg é caracterizada por febre intensa e de início repentino, dor de cabeça e mal-estar geral. Outros sinais podem surgir com a progressão da doença, geralmente após o terceiro dia da infecção, e incluem dores musculares, diarreia líquida e intensa que pode durar uma semana, dor abdominal, cólicas, náuseas e vômitos.

A intensidade dos sintomas leva o paciente a um quadro grave de desidratação e extrema letargia. A sintomatologia mais grave associada à doença de Marburg está relacionada ao desenvolvimento de manifestações hemorrágicas, em torno do quinto ao sétimo dia da infecção. Nesses casos, pode ocorrer sangramento pelas vias aéreas, gengivas ou presença de sangue no vômito e nas fezes.

Outras complicações incluem icterícia (cor amarelada dos olhos e da pele), inflamação do pâncreas, insuficiência hepática e disfunção de múltiplos órgãos. Caso a pessoa não tenha o suporte adequado, pode vir a óbito entre oito e nove dias após o início dos sintomas, em decorrência da perda intensa de sangue e choque.

Com exceção da hemorragia, os sinais e sintomas da doença de Marburg são semelhantes a outras infecções. Isso pode dificultar o diagnóstico rápido da doença, agravando o quadro clínico do paciente. Para a detecção do vírus, são utilizados os métodos de diagnóstico molecular, através da técnica de PCR ou por sorologia, como os ensaios imunoenzimáticos (ELISA).

EXISTE TRATAMENTO PARA O VÍRUS MARBURG?

Atualmente, não existem tratamentos específicos ou vacinas para a doença de Marburg. A terapia de suporte é o único método para amenizar a sintomatologia e diminuir a chance de complicações graves.

Com a terapia de suporte, que envolve reidratação com fluidos orais ou intravenosos e tratamento dos sintomas específicos, é possível diminuir consideravelmente as chances de óbito pela doença.

Alguns medicamentos para o tratamento contra o vírus Marburg ainda estão em desenvolvimento, e incluem anticorpos monoclonais e antivirais utilizados em outros estudos clínicos contra o vírus do ebola. Além disso, pesquisadores estão concentrando esforços para produzirem uma vacina contra o vírus, no entanto, sua eficácia ainda não foi comprovada em ensaios clínicos.

COMO SE PREVENIR?

Diante da inexistência de tratamentos, a melhor forma de combater a infecção é a prevenção, não frequentando áreas habitadas por morcegos e primatas em regiões com casos registrados. Se houver suspeita da doença, a pessoa deverá ser isolada para evitar o contágio de outras que não estejam infectadas.

Profissionais de saúde devem utilizar equipamentos adequados de proteção, como luvas e máscaras, no tratamento do paciente, bem como fazer o descarte de materiais hospitalares em local apropriado.

Estudos indicam que o vírus Marburg pode persistir em algumas pessoas curadas da doença, especialmente nos testículos. Em mulheres infectadas durante a gravidez, o vírus pode continuar na placenta, no líquido amniótico e no feto. Já durante a amamentação, o vírus pode permanecer no leite materno.

Outras pesquisas também documentaram a presença do vírus Marburg no sêmen, em até sete semanas após a recuperação clínica. Assim, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas que se recuperaram devem se abster de relações sexuais com seus parceiros ou devem praticar sexo utilizando preservativos por 12 meses.

Apesar de ser uma doença preocupante, as chances do vírus Marburg se espalhar para outros países ou pelo mundo é pequena. O vírus tem um período de incubação curto, ou seja, os sintomas graves surgem rapidamente, facilitando o isolamento do doente. Pessoas assintomáticas podem transmitir o vírus, mas essa é uma probabilidade pequena, sendo mais comum a transmissão na fase de pico dos sintomas, quando o paciente já está isolado.

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Vírus Marburg pode virar pandemia?
Três anos depois do início da pandemia da COVID-19, a confirmação do surto de um novo vírus pode ser preocupante e assustadora. Mas para Leonardo Weissmann, médico infectologista do Instituto Emílio Ribas e diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), não há motivo para pânico por ora. “Surtos anteriores [de Marburg] não viraram pandemia. Em 2022, foi notificado um surto em Gana. Na época, a OMS avaliou os riscos de transmissão como alta para dentro do país, moderada para a região e baixa em nível mundial”, afirma.

O infectologista pediátrico Marcelo Otsuka, coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da SBI, concorda. “A chance de evoluir como uma epidemia é muito pequena. É uma doença que pode ser facilmente controlada a partir do momento que se identifica quem está contaminado e se isole as pessoas que vêm dessas áreas. Esse é o cuidado que deve ser tomado”, finaliza.

Como surgiu o Marburg?
O vírus é da família do ebola e tem origem na mesma área geográfica: Uganda e Quénia ocidental. O vírus de Marburg foi documentado, pela primeira vez, em 1967, quando 31 pessoas adoeceram nas cidades alemãs de Marburg e Frankfurt am Main e na cidade sérvia de Belgrado.

O que é a doença de Marburg?
O vírus Marburg ganhou destaque no início de 2023 devido a um surto ocorrido na Guiné Equatorial, um país do continente africano. O vírus Marburg é altamente contagioso e sua infecção é caracterizada por febre alta, dores musculares, dor de cabeça e vômitos, podendo gerar complicações graves de saúde e levar à morte.

O vírus Marburg ganhou destaque no início de 2023 devido a um surto ocorrido na Guiné Equatorial, um país do continente africano. O vírus Marburg é altamente contagioso e sua infecção é caracterizada por febre alta, dores musculares, dor de cabeça e vômitos, podendo gerar complicações graves de saúde e levar à morte.

Como se transmite o vírus de Marburg?
“Após a infecção humana, de pessoa a pessoa a transmissão ocorre por meio do contato direto da pele e mucosas com fluidos corporais provenientes de pacientes sintomáticos. Os líquidos corpóreos que podem se apresentar contaminados pelo vírus são saliva, sangue, urina, vômito, fezes, suor, leite materno e sêmen.

Qual sintomas de Marburg?
Os sintomas da doença são febre alta, dor de cabeça, mal-estar intenso, diarreia, dor abdominal, náuseas e vômitos. De acordo com a organização, os sintomas graves aparecem entre 5 e 7 dias e os casos fatais geralmente apresentam algum tipo de sangramento.2

Onde o vírus marburg está?
Desde então já houve surtos e casos esporádicos em países como Angola, Gana, Guiné-Conacri, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda. Em um surto de 2004 em Angola, 90% das 252 pessoas infectadas morreram. Em 2022, duas mortes pelo vírus de Marburg foram relatadas em Gana.

QUAIS OS SINTOMAS DO EBOLA?

Ebola é uma zoonose que possui como sintomas febre, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações e calafrios. Metade dos pacientes infectados vão a óbito.

O que o vírus Ebola pode causar?
Ebola: o que é, sintomas, transmissão, vacina – Brasil Escola
Ebola, também chamada anteriormente de febre hemorrágica ebola, é uma doença com alta letalidade que se destaca por provocar sangramentos em várias partes do corpo. O vírus Ebola apresenta a capacidade de infectar tanto seres humanos quanto outros primatas, como macacos, gorilas e chimpanzés.

Como é realizado o tratamento do ebola?
O ebola não tem cura e ainda não existem vacinas que combatam a proliferação desse vírus. O tratamento do ebola visa evitar que a doença evolua, por meio de cuidados paliativos que envolvem manter a pessoa bem hidratada e afastada do contato com outros indivíduos.

Onde o vírus Ebola ataca?
É a doença causada por um vírus, o Ebola, que provoca sangramentos e ataca principalmente, fígado e rins.

GRIPE AVIÁRIA

O que causa a gripe aviária?
Decorrente de cepas do vírus Influenza, o vírus da gripe, a gripe aviária é uma doença que circula em aves, podendo infectar humanos pelo contato direto com o animal contaminado, vivo ou morto. A doença não é transmitida para humanos com facilidade e não há registros da doença no Brasil.

O que é gripe aviária em humanos?
A gripe aviária é uma zoonose, ou seja, é transmitida de animal para pessoa. Não há transmissão de pessoa para pessoa, como ocorre na gripe comum.

Como se pega a gripe aviária?
As infecções podem acontecer por meio do contato com aves contaminadas, vivas ou mortas. Por isso, não é recomendado tocar e nem recolher aves doentes. A Influenza Aviária não é transmitida pelo consumo de aves ou ovos.

Como se proteger da gripe aviária?
Mantenha as aves em boas condições, pois as aves em boa forma, saudáveis, com um bom suprimento de água e alimentos limpos e uma boa habitação têm menos probabilidades de pegar a gripe aviária. Mantenha as aves num ambiente protegido – por exemplo, num galpão fechado, numa área cercada ou num quintal protegido.

Como tratar a gripe aviária?
fazer repouso para preservar o organismo e não propagar o vírus;
beber bastante água para combater o risco de desidratação;
manter uma alimentação rica em nutrientes para ajudar o corpo a combater a infecção;

Quais os sintomas da gripe aviária no Brasil?
Dificuldade respiratória;
Secreção nasal ou ocular;
Espirros;
Incoordenação motora;
Torcicolo;
Diarreia;
Alta mortalidade em aves domésticas ou silvestres.

 

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