Depois que o Reino Unido, Espanha e Portugal anunciaram na quarta-feira que identificaram mais de quarenta casos suspeitos ou confirmados de varíola dos macacos, uma doença rara na Europa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na terça-feira que queria esclarecer, com a ajuda do Reino Unido, os casos de varíola dos macacos detectados neste país desde o início de maio, em particular na comunidade homossexual.
Um total de vinte e três casos suspeitos desta doença viral (“varicela”), endêmica da África Ocidental, foram identificados na região de Madri, anunciaram as autoridades de saúde locais na noite de quarta-feira.
É uma doença incomum, geralmente se manifestando com febre, dores musculares, linfonodos inchados e erupções nas mãos e no rosto, como catapora, detalha um comunicado das autoridades de saúde da região de Madri.
“Geralmente, a transmissão ocorre pela via respiratória, mas estes 23 supostos casos de infecção sugerem que a transmissão ocorreu através das mucosas durante a relação sexual”, especifica o documento publicado no Twitter.
Os afetados estão experimentando “um curso positivo” da doença e estão isolados em casa, acrescentou.
Em Portugal, há “mais de 20 casos suspeitos (…) na região de Lisboa (oeste), entre os quais cinco foram confirmados”, anunciou a Direção-Geral da Saúde de Portugal em comunicado de imprensa.
“Esses casos, para a maioria dos jovens, todos do sexo masculino, apresentavam lesões ulcerativas”, disse a autoridade sanitária.
Segundo as autoridades espanholas e portuguesas, que desencadearam um alerta sanitário nacional, esta doença rara é pouco contagiosa entre humanos, não tem tratamento e geralmente cura-se por conta própria.
Desde 6 de maio, sete casos foram identificados no Reino Unido, incluindo quatro casos em pessoas identificadas como “gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens”, de acordo com a Agência de Segurança do Reino Unido (UKHSA).
Com exceção do primeiro caso – a pessoa infectada viajou recentemente para a Nigéria – os pacientes foram infectados no Reino Unido, levantando temores de transmissão comunitária.