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COMO A NESTLÉ ESTÁ VICIANDO CRIANÇAS EM AÇÚCAR EM PAÍSES DE BAIXO RENDIMENTO

Uma ONG suíça denunciou que produtos da empresa alimentícia Nestlé em países da Ásia, África e América Latina, destinados a bebês, contêm açúcar adicionado e acusou a multinacional de adotar um duplo padrão.

Na Suíça, país em que a empresa está sediada, as principais marcas de cereais infantis e leites em pó vendidas por ela não contêm açúcar adicionado. Também na Alemanha, na França e no Reino Unido – os principais mercados da Nestlé em solo europeu – todos os leites de crescimento para crianças de 1 a 3 anos vendidos pela Nestlé não têm açúcar adicionado. E, se determinados cereais destinados a crianças com mais de 1 ano o contiverem, os voltados a bebês a partir dos 6 meses estão isentos, afirmou a ONG. Os dois produtos analisados pela ONG Public Eye são o cereal infantil Cerelac, no Brasil vendido como Mucilon, e o leite em pó Nido, popularizado como Ninho, no Brasil. Ativistas da organização investigativa suíça enviaram amostras desses alimentos vendidos na Ásia, África e América Latina a um laboratório belga para exames.

Os testes em produtos da linha Mucilon, que são vendidos no Brasil, mostraram que seis de oito produtos têm adição de açúcar, com três gramas por porção em média. A Public Eye afirmou ter examinado 115 produtos do Cerelac vendidos nos principais mercados da Nestlé na África, na Ásia e na América Latina e que 108 deles contêm adição de açúcar. Segundo a ONG, o Brasil é o segundo maior mercado dessa linha de produtos.

No caso do Ninho, a Nestlé afirma não adicionar açúcar aos produtos dessa linha no Brasil por preocupação com a saúde e nutrição das crianças. A ONG, porém, afirmou ter examinado 29 produtos Ninho comercializados pela Nestlé, em alguns dos principais mercados de países de baixo e médio rendimento, e em 21 deles há adição de açúcar.

 

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